Diário Alegórico
Quando terminava o expediente nunca tomava o caminho para casa, apesar de sempre trilha-lo inicialmente.
Certo dia comprou feijões mágicos de um feirante na praça Osório. Outra vez gastou o dinheiro em guloseimas para a vovozinha, mas no caminho um lobo mal apareceu e comeu tudo.
A verdade é esta, que depois do trabalho sempre pegava o ônibus, mas chegava em casa de abóbora, depois da meia noite.
Imensidão
Caminhavam juntos. Tudo deserto. Apenas sons.
Gaivotas, o vento e o banho das rochas.
Por que palavras?
De repente, os primeiros raios perfuravam as nuvens.
Para trás, dois pares de pegadas marcavam aquele tempo que escorreu por entre os dedos.
À frente um outro mundo, todo azul, se agitava convidando-os para uma viagem... tão profunda quanto o interior da alma.
Monte Carlo
(baseado no conto Monte Carlo de A. Tchekhov)
- Caçadores de Tesouro! É, veem de longe para cavar em suas propriedades.
- Também, o coitado tirou a sorte grande e de brinde veio o azar. Nunca mais teve paz.
- Certo dia o próprio dono do cassino o visitou: quero meu milhão ou te mato! E ele decidiu entregar algo de maior valor.
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